Chapada dos Veadeiros


CHAPADA DOS VEADEIROS
Ecoturismo, Saúde e Bem-estar, Busca Espiritual, Arte e Cultura




A Chapada dos Veadeiros, localizada no Nordeste Goiano, é uma região de cerrado privilegiada que apresenta rica diversidade animal, vegetal, social e cultural. As águas que nascem em seus campos e chapadões são fundamentais para a formação do Rio Tocantins que abastece a Bacia Hidrográfica Tocantins-Araguaia, sendo considerada por isso o berço das águas.



Eleita pela UNESCO como Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera Goyaz, essa região sem igual tem sido palco de projetos e experiências que buscam harmonizar o conhecimento humano em diversas áreas com a vida natural, preconizando um mundo melhor e uma maior qualidade de vida.


A região é de uma natureza exuberante, com trilhas, cânions, rios e córregos que formam piscinas naturais, corredeiras e cachoeiras, além de um céu único para apreciar o nascer e o por do sol, a lua e as estrelas. Na Chapada dos Veadeiros o cerrado revela suas fisionomias: veredas de buritis, campos úmidos, campos de flores, matas ciliares, de galeria e campos rupestres. Sua formação rochosa é das mais antigas do planeta, formada por quartzitos com afloramentos de cristal de rocha.


A paisagem muda a cada momento. Ora são jardins de pedra formando esculturas inéditas, ora é um mar de flores ondulando ao vento, ora são veredas que se transformam mais além em mata de galeria. A vegetação funciona como uma esponja em solo raso, canalizando água para as nascentes. No verão, os rios deságuam em riachos e cascatas, tornando campos verdes e viçosos. No inverno, o verde se transmuta em cores diversificadas e as flores tomam conta dos campos. O clima se faz ameno, com temperaturas médias entre 18 e 24 graus. Chove no verão e o inverno é seco, recriando-se a cada estação uma nova chapada. Localiza-se nesta região o ponto mais alto do estado do Goiás denominado Pouso Alto com 1.676 m.

Sua flora oferece inexplorada biodiversidade em plantas medicinais, frutos saborosos e flores delicadas. A fauna também é bastante diversificada e nos campos ocorrem veados campeiros, onças pintadas, lobos guarás, capivaras, emas, siriemas, tatus, tamanduás entre outros, infelizmente algumas dessas espécies ameaçadas de extinção. Entre galhos e nuvens voam papagaios, araras, periquitos, tucanos, gaviões, perdizes entre inúmeras outras espécies de aves.
Localizada as margens da GO-118, Alto Paraíso de Goiás está situada nesta região, distante 230 km de Brasília e 420 km de Goiânia, o município é hoje um dos mais apreciados cartões-postais de Goiás.


A Chapada dos Veadeiros é formada por 05 municípios: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Teresina de Goiás e São João D´Aliança. Os Municípios mais estruturados turisticamente são Alto Paraíso e Cavalcante.



ALTO PARAÍSO DE GOIÁS





Alto Paraíso, inicialmente Veadeiros, surgiu em meados do século XVII, no auge da mineração do ouro na região. A cidade formou-se a partir de um pequeno núcleo de colonização no qual foram se agrupando lavradores, desenvolvendo-se aí o cultivo do café e da pecuária. Registros históricos assinalam que houve também o cultivo de trigo, cujas primeiras sementes teriam sido trazidas por egípcios que vieram da Bahia.


A partir dos anos 80 o município começou a receber uma população heterogênea com levas de imigrantes vindos de outros estados e países. Essas pessoas buscavam um estilo de vida mais calmo, voltado ao contato com a natureza e ao crescimento interior. Desta forma vieram ambientalistas, artistas, terapeutas, místicos e profissionais das mais diversas áreas. Alto Paraíso de Goiás constitui-se hoje num importante Pólo de ecoturismo, oferecendo uma gama variada de atividades e serviços voltados ao turismo, à saúde e ao bem-estar, a busca espiritual, a arte e a cultura.

Localizada a 36 km de Alto Paraíso de Goiás, está a Vila de São Jorge onde encontra-se a entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (criado através do Decreto Federal n. 49.875 em 11 /01/61). Formada por garimpeiros que criaram na região um acampamento para a extração de cristal (atividade proibida nos dias de hoje) a charmosa vila de São Jorge atualmente tem no turismo sua principal atividade econômica e conta com infra-estrutura e serviços de qualidade para atender ao turista.


O Povoado do Moinho, localizado a 12 km de Alto Paraíso de Goiás, fica num grande e fértil vale entre os contrafortes da Serra Geral do Paranã e a Serra da Água Fria. Tem um núcleo concentrado casas simples e pequenas cercadas por sítios, chácaras e fazendas. Abrigou o primeiro moinho de trigo da Chapada dos Veadeiros, hoje em ruínas.


Alto Paraíso de Goiás é o lugar certo em muitos sentidos. Durante o dia pode-se fazer caminhadas premiadas com paisagens singulares e refrescantes banhos em cachoeiras, no final do dia o turista relaxa com as inúmeras opções de terapias alternativas ou aproveita para visitar as lojinhas de artesanato local espalhadas pela cidade em busca de uma lembrança e a noite as opções são comidas deliciosas, música ao vivo, performances artísticas e contemplação do céu.







CAVALCANTE




Cavalcante é a cidade mais antiga do nordeste goiano e abriga em seu território o quilombo mais importante do Brasil, o Sítio Histórico Kalunga. Está localizada a 90km de Alto Paraíso, 320 km de Brasília e a 520 km de Goiânia.

O Município abrange uma área de 6.935 km², foi fundado em 1740, tornando-se cidade em 1831. Rodeada de serras e montanhas e cercada por centenas de cachoeiras, sua principal renda já foi a exploração de ouro e outros minérios (foi na Serra de Santana, às margens do córrego Lavapés, que o ouro despontou, dando surgimento à Vila).

A região é rica em fauna e flora, com lugares exóticos e paradisíacos que surgem no meio das matas fechadas. As principais atrações turísticas são as indescritíveis cachoeiras, mirantes e cadeias de montanhas, incontáveis praias fluviais de areias branquíssimas, calçadas antigas de pedra feitas por escravos no século XVIII e trilhas cavaleiras, além de várias festas tradicionais com muito forró, catira e sussa, tanto na sede do município como em sua vasta zona rural.

A área Kalunga, situada no nordeste do município, com mais de 230 mil hectares de cerrado protegido, é a maior comunidade remanescente de quilombo do Brasil, com cerca de 4.000 cidadãos que só tiveram contato com a "civilização" há menos de 30 anos - um povo mágico de forte sangue negro. A história desse povo confunde-se com o período de mineração do Brasil Colônia e dos bandeirantes. Cansados de serem explorados, os negros sofridos acabaram por se rebelar e fugiram, escondendo-se na mata, entre serras, num local de difícil acesso onde formaram o povo Kalunga.

Essa região ainda permanece intacta e com grande riqueza natural, protegida pela decretação do Sítio Histórico do Kalunga, que é devida, muito mais que a outras, à intervenção, estudo e dedicação de uma goiana das mais ilustres, a Professora Mari de Nazaré Baiocchi, que Deus a proteja. Seu livro Kalunga, Povo da Terra, foi o pontapé inicial de todo o processo para obter o decreto presidencial que os protege. As festas santas dos Kalungas são repletas de rituais cerimoniosos, como a Festa do Império e o Levantamento do Mastro, que têm coreografia complexa e atraem centenas de visitantes. As festas da sede também são muitas e carregadas de tradição: a Caçada da Rainha, a Festa do Divino, A Folia de Reis, a caminhada da Sexta-feira Santa ao topo do Morro da Cruz e o nosso Carnaval de rua, famoso na região.

Cavalcante conta com uma equipe treinada de condutores de visitantes no CATMA - Centro de Atendimento ao Turismo e Meio Ambiente que informa - por telefone ou pessoalmente - tudo o que é necessário para quem deseja conhecer a cidade.




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